quarta-feira, 6 de julho de 2011

18/05/2011 - 2

“De repente, não mais que de repente”. Assim disse o grande Vinícius. E, para mim, ele estava completamente correto. Pois eu também precisava de uma preparação psicológica para o nosso adeus. O que mais dói numa despedida não é o ato em si, mas o período seguinte a ela, no qual sofremos com as lembranças: lembranças da despedida e, mais que isso, lembranças da presença, lembrança do que era bom e a percepção de que em comparação com aquilo o agora é insípido, sem graça.

E posso dizê-lo por experiência própria uma vez que é exatamente o que tenho vivido desde que nos separamos. Acho que não é correto ser tão melancólico se, pelo menos segundo dizem, a minha vida não acabou quando você foi embora e eu posso continuar normalmente e ser feliz. Mas não consigo evitar, simplesmente sofro com nossa distância repentina.

Já escrevi algo assim antes, provavelmente para outro alguém que se foi - e isso talvez me faça parecer meio volúvel, mas sempre tem gente saindo da minha vida - porém quero enfatizar a ideia: sei que biologicamente não preciso de você para viver e isso significa que talvez um dia eu supere, e minha morte não chegará só porque você partiu; mas esta saudade está matando a minha essência. Volte. Mesmo que eu não necessite, eu prefiro viver com você perto de mim.

( dedicado with luv @LuisaMelo93 @Kiqfication )