quinta-feira, 12 de abril de 2012

11/01/2012

Entregar-se a um amor.
Geralmente é algo täo passional e contraditório que quase parece pecado atribuir-lhe pensamentos tão racionais e diretos.
Há um sentimento amortecido, antes ignorado por força das circunstâncias? Há um amor turbulento a ser superado, esquecido, menosprezado, ignorado, completamente apagado do coração figurativo?
Por que não experimentar entregar-se a um novo amor?
Sem o melodrama, a cegueira, a ilusão da paixão. Entregar-se conscientemente a um sentimento mais maduro, sem usar a atração pelo outro como força motivacional e sim como objetivo final.
Amar-se um pouco, só por uma vez. E ignorar os apelos traiçoeiros do coração para apegar-se a paixonites sem futuro. Amar, ao menos uma vez, primeiro com o cérebro para então laçar o coração.
Eu te pergunto: por que não?

19/09/2011

Eu te odeio.
Preciso dizer isso todos os dias daqui pra frente, especialmente nos momentos em que eu mais te amar. Desta forma, quem sabe, o poder da palavra me convença e eu saia ilesa disso tudo.
Então lá vai o de hoje: eu te odeio, odeio, odeio, odeio, odeio. E a cada dia odeio mais e mais. Te odiei profundamente quando você me envolveu nos seus braços, afagando meus cabelos com suas mãos e consolando minhas bobas preocupações de menina. Odiei que você estivesse ali e odiei me sentir confortável para chorar em seus ombros. Odiei soluçar daquela maneira, sem me preocupar se alguém estava me ouvino. Odiei sentir o teu perfume gostoso e odiei muito querer não te soltar nunca. Odiei sentir de novo calafrios com você - aquele friozinho que não é beeem na barriga. Odiei que você estivesse e odiei que esta presença fosse tão importante pra mim. Odiei ver teu sorriso lindo, fazer piadas idiotas, rir junto com você e falar de nossas vidas daqui a 8 anos ou mais. Odiei comer junto com você e, toda suja, rir de você se sujando. Odiei ficar do seu lado daquela maneira e de conseguir sentir a sua respiração. Odiei ouvir sua voz grave tão pertinho do meu ouvido e me arrepiar toda por este fato tão bobo. Odiei ficar triste na hora de me despedir e odiei querer te levar comigo, ou neste caso, querer ir junto com você. Odieiolhar para trás e então virar rápido como eu sempre faço e ver o seu sorriso de despedida tão lindo brilhando para mim. E mais que tudo isso, odiei sentir - mais uma vez - que não consigo te odiar de verdade.