quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Mudanças

Geralmente temos aversão a mudanças. Mas eu aprendi com o passar do tempo que nem sempre mudar é ruim. E nunca é tarde pra fazer mudanças positivas. Sendo assim, vou mudar e sonhar mais com o meu blog. Vou me restringir menos e, assim espero, escrever mais no meu dia a dia.

Vou contar das minhas viagens, das minhas experiências, dos filmes que eu assistir, das músicas que eu ouvir, enfim, de tudo que me der vontade.

A quem quiser me acompanhar nesta viagem pelo meu mundo e a quem já acompanha as minhas loucuras, agradeço o prestígio desde já e dou (mais uma vez) as boas-vindas.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

11/01/2012

Entregar-se a um amor.
Geralmente é algo täo passional e contraditório que quase parece pecado atribuir-lhe pensamentos tão racionais e diretos.
Há um sentimento amortecido, antes ignorado por força das circunstâncias? Há um amor turbulento a ser superado, esquecido, menosprezado, ignorado, completamente apagado do coração figurativo?
Por que não experimentar entregar-se a um novo amor?
Sem o melodrama, a cegueira, a ilusão da paixão. Entregar-se conscientemente a um sentimento mais maduro, sem usar a atração pelo outro como força motivacional e sim como objetivo final.
Amar-se um pouco, só por uma vez. E ignorar os apelos traiçoeiros do coração para apegar-se a paixonites sem futuro. Amar, ao menos uma vez, primeiro com o cérebro para então laçar o coração.
Eu te pergunto: por que não?

19/09/2011

Eu te odeio.
Preciso dizer isso todos os dias daqui pra frente, especialmente nos momentos em que eu mais te amar. Desta forma, quem sabe, o poder da palavra me convença e eu saia ilesa disso tudo.
Então lá vai o de hoje: eu te odeio, odeio, odeio, odeio, odeio. E a cada dia odeio mais e mais. Te odiei profundamente quando você me envolveu nos seus braços, afagando meus cabelos com suas mãos e consolando minhas bobas preocupações de menina. Odiei que você estivesse ali e odiei me sentir confortável para chorar em seus ombros. Odiei soluçar daquela maneira, sem me preocupar se alguém estava me ouvino. Odiei sentir o teu perfume gostoso e odiei muito querer não te soltar nunca. Odiei sentir de novo calafrios com você - aquele friozinho que não é beeem na barriga. Odiei que você estivesse e odiei que esta presença fosse tão importante pra mim. Odiei ver teu sorriso lindo, fazer piadas idiotas, rir junto com você e falar de nossas vidas daqui a 8 anos ou mais. Odiei comer junto com você e, toda suja, rir de você se sujando. Odiei ficar do seu lado daquela maneira e de conseguir sentir a sua respiração. Odiei ouvir sua voz grave tão pertinho do meu ouvido e me arrepiar toda por este fato tão bobo. Odiei ficar triste na hora de me despedir e odiei querer te levar comigo, ou neste caso, querer ir junto com você. Odieiolhar para trás e então virar rápido como eu sempre faço e ver o seu sorriso de despedida tão lindo brilhando para mim. E mais que tudo isso, odiei sentir - mais uma vez - que não consigo te odiar de verdade.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

11/02/2012

Hoje eu senti de aquela nostalgia que se tornou tão caracteristicamente minha.
Aquele poço sem fim de saudade me chamando, invocando a minha presença, como se soubesse que eu iria certamente me deixar envolver na escuridão e no vazio também infinitos.
Aquela vontade de ser senhora do tempo, senhora de minhas vontades, senhora da razão, senhora do desconhecido, apenas senhora, absoluta e soberana.
Inutilmente tentei ignorar a minha nostalgia, fingir que desconheço este sentimento avassalador que me prende e me torna dependende de tudo que não mais existe.
Mais uma vez me fiz escrava de mim e cedi à pressão de recordar, ainda que não inteiramente, a essência que me deixou, o eu que não sou mais.
Tornou-se rotineiro este jogo de me perder e me achar dentro de mim, de tentar resgatar um passado esmiuçado e sem vida, de comparar o real e o ilusório, de implorar por um resquício qualquer de existência, um indício de sobrevivência, que preencha o vazio que paradoxalmente ocupou o lugar do que antes fervilhava de ideias e criatividade, uma alma viva e lúcida agora inerte e inútil.
Batalha perdida.
Mais um dia se passou. Hoje foi só hoje. Amanhã vem tudo de novo.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

12/09/2011

Loving - leaving

Hoje eu estou, mais uma vez, escrevendo por falta de coragem para falar. (Talvez hoje a minha "coragem" possa ser substituída por "vontade"). Hoje, pela milésima vez desde que te conheci, eu resolvi desistir de você. Por que eu acredito que desta vez vai funcionar? Porque desta vez estou desistindo com motivos reais, pelas razões certas. Mesmo assim é tão difícil...

Me lembro de pensar em você mesmo antes de te conhecer. Lembro perfeitamente de ver seu nome na lista de alunos, de pensar que havia algum erro. Lembro de você ter faltado as primeiras aulas do ano e de meus colegas fazerem piadas com seu sobrenome. Lembro de quando você finalmente apareceu e de gostar de você assim que vi a sua cara, essa cara de criança-poodle. Lembro de irmos juntos à biblioteca e de, sorrindo por dentro, pensar que você era um mau-caráter - lembro de ter gostado ainda mais de você depois deste pensamento. Lembro de uma aula vaga, que você aproveitou para ir passar o tempo com seus ex-colegas e lembro de ter ficado com muito, muito, muito ciúme deles. Lembro dos nossos planos loucos, que na época eu achava que nunca ia querer realizar. Lembro de ficar com saudade, sozinha e deslocada quando você faltava aula. Lembro de quando brigamos, lembro de todo o seu rancor e de ter me arrependido amargamente por ter mentido pra você. Lembro de ter pensado em nunca me separar de você e muito mais vezes em me afastar. Lembro de você vestido de preto e de ter te achado lindo naquele dia. Eu lembro disso tudo, esse menino. Mas não lembro exatamente, no meio de tudo isso quando foi que comecei a gostar tanto assim de você.

Perdi a conta de quantas vezes senti raiva, ciúme, saudade, vontade de você. Perdi a conta de quantos planos fiz para te contar o quanto te gostava. De quantas vezes o meu coração bateu mais forte por causa de você. De quantas noites de sono perdi, de quantas lágrimas derramei. Perdi a conta de quantas vezes me senti confusa sobre os meus sentimentos e quis nunca ter te conhecido. E do quanto, mesmo assim, desejei ter você perto de mim.

Mas isso sempre foi segredo meu. Talvez por isso tenha machucado tanto e por tanto tempo. Agora que estou externando espero que suma de vez. E enfim chegou a hora de realmente deixar de lado todo este sentimentalismo, este romantismo bobo que apenas velhas gagás como eu possuem. E desta vez estou certa de que conseguirei, porque me determinei a isso. Já basta deste sentimento dentro de mim porque ele não me cabe mais no peito, então escorre para minhas entranhas e depois é repentinamente expelido por mim saindo de minha língua em forma de palavras. Se eu continuar nesse ritmo haverá penas demais espalhadas ao vento e eu não serei capaz de recolhê-las. Então simplesmente farei o que fui ensinada a fazer desde pequena e cortarei este mal de dentro de mim.

Ainda hoje, com esta determinação toda, se você se voltasse para mim e dissesse que me ama eu largaria todos os meus princípios, largaria a minha vida e correria para os seus braços de pirralho. Mas isso não vai acontecer, não é? Porque eu não sou 'your endless love'.

Sayonara ^^